Em grande parte, o ensino do desenho é feito com referência visual ou fotográfica, mas para criar formas exageradas e lúdicas é necessário explorar outros territórios e sair da nossa zona de conforto e daquilo que é o nosso habitual.

 
Confia na tua memória das formas, desafia o teu outro lado e desenha de memória com a tua mão não dominante. O objetivo não é ficar bem feito, bonito ou tornares-te ambidextro.

O objetivo é ver os teus acidentes gráficos, memorizá-los e lembrá-los mais tarde. A tua memória muscular de desenho cria hábitos, formas de fazer, certas marcas e perspetivas que podem fazer parecer que o teu traço e o teu estilo não evoluem. Usando a tua mão não dominante, descobrirás uma nova linguagem para o teu traço. 

Aqui estão algumas diretrizes para trabalhares com a tua mão não dominante:

1. Usa uma ferramenta com a qual te sintas confortável.
2. Coloca a folha ou o suporte num ângulo que te seja mais cómodo. Para tal, podes usar um estirador, um cavalete, uma mesa de desenho ou até prender o papel numa parede.
3. Visualiza a forma na tua mente antes de fazer o traço.
4. Não julgues os traçados. Lembra-te, estás à procura de novos traços, formas e registos.
5. Faz várias folhas, tornando os traçados independentes uns dos outros.